Gabriel Felizardo, mais conhecido no mundo da música como Gabeu, um dos principais representantes do movimento “queernejo” ou “pocnejo” desabafou recentemente em suas redes sócias por conta de ataques homofóbicos que vem sofrendo ao longo de sua carreira. Filho do cantor Solimões, da dupla Rionegro e Solimões, o artista, que começou a cantar profissionalmente em 2019, vem ganhando espaço tendo, inclusive, concorrido em 2022 ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Sertaneja. Para quem não conhece, o movimento Queernejo é uma representação LGBTQIAPN+ dentro da música sertaneja.
O artista, em um desabafo sincero, contou que além de ataques por ser declaradamente gay, existe outra questão: muitas pessoas não aceitam que ele receba apoio do pai, sugerindo, inclusive, que sua sexualidade tem a ver com a educação que o pai não soube dar. “Se o pai tivesse dado com a fivela nas costas dele… ele não estava fazendo essas patifarias”, dizia um dos comentários. “Existe um tipo muito específico de lgbtqfóbico que simplesmente não suporta o fato de que o meu pai, sendo quem ele é, não tenha problema com minha sexualidade e minha performance de gênero. É o tipo de gente que comenta coisas assim”, desabafou Gabeu.
Mas os ataques ao artista não se limitam ao mundo virtual. Ele contou que acontece também de ser atacado presencialmente, inclusive com situações desconfortáveis onde pessoas tentam, de certa forma, ironizar sua sexualidade. ” Certa vez eu estava com meu pai na rua e ele encontrou um conhecido que me perguntou se eu estava fazendo sucesso entre as mulheres. Meu pai cortou dizendo: ‘Ele gosta de homem’. O cara não sabia o que responder porque ele não esperava que meu pai não tivesse problema com isso. Muito louco, não é? Isso está tão naturalizado no dia a dia que a gente se choca quando a pessoa NÃO é homofóbica”, escreveu Gabeu.