Festival Sangue Novo reúne música, moda, sustentabilidade e práticas esportivas
Quase oito horas de música, reunindo nomes dos mais interessantes da música brasileira contemporânea, além de moda e sustentabilidade, práticas esportivas. É tudo isso e mais um pouco o que promete o Festival Sangue Novo, que abre a programação de festivais de música na Bahia no próximo dia 26 de janeiro (sábado), a partir das 16h, no Porto Salvador. Em sua terceira edição, a programação do festival contará com apresentações de Otto, dos rappers Baco Exu do Blues e Hiran, da cantora pernambucana Duda Beat e das empoderadas e potentes Larissa Luz, Luedji Luna e Xenia França que estrearão o projeto Ayabass, além do duo eletrônico BAYO. Os intervalos entre os shows serão embalados pela discotecagem dos DJs da Festa Batekoo. Os ingressos para a festa estão esgotados.
Com curadoria do jornalista e crítico musical Hagamenon Brito e coordenação geral da produtora cultural Fernanda Bezerra, o Sangue Novo é realizado pela Maré Produções Culturais, com patrocínio da Budweiser, através do FAZCULTURA, do Governo do Estado da Bahia e apoio da GFM 90,1, iBahia e CAIXA. O festival nasceu a partir do programa de rádio homônimo apresentado há seis anos por Hagamenon Brito na GFM 90,1, com foco na geração século 21 do pop nacional e da MPB. “Em nossa terceira edição, estamos felizes por criar um line-up bem representativo do espírito do Sangue Novo e em sintonia com o talento e a diversidade da música moderna feita hoje na Bahia e em Pernambuco. Com Duda Beat (prêmio APCA 2018 de artista revelação) e Otto (festejando 20 anos do seu primeiro e inovador álbum, Samba pra Burro), por exemplo, homenageamos a contínua efervescência e importância cultural da cena pop de Recife. Entre as atrações baianas, é um privilégio apresentarmos o primeiro show em Salvador do novo e ótimo álbum de Baco Exu do Blues (Bluesman), que é o rapper da hora no país, injetando frescor e novos temas no gênero; e reunirmos as potentes Larissa Luz, Luedji Luna e Xenia França pela primeira vez no palco, na estreia do show Aya Bass. E ainda temos a vibração eletrônica afro-percussiva do duo Bayo e o rap vibrante e cheio de atitude gay de Hiran. Tenho certeza que o público vai amar o Festival”, afirma o curador Hagamenon Brito.
O line up terá sequência de Bayo, Hiran, Duda Beat, Otto, Aya Bass (com as cantoras Larissa Luz, Luedji Luna e Xênia França) e Baco Exu do Blues, encerrando a noite. O Sangue Novo contará com ações de moda e sustentabilidade desenvolvidas pelas marcas ACRE RECIFE, do estilista e performer Cássio Bomfim e Refazenda e T-Camisetaria, ambas criadas pela estilista Karol Farias. O público do festival também poderá experimentar práticas esportivas de verão. Alimentação de qualidade estará garantida para todos os paladares, com opções para vegetarianos e veganos na Feira de Foods Trucks e Foods Bikes.
Música Brasileira Contemporânea – Baiano radicado em São Paulo e uma das sensações atuais do rap brasileiro, Baco Exu do Blues estreia em Salvador, no Festival Sangue Novo, o seu novo show, “Bluesman”, baseado no álbum homônimo lançado recentemente e que conquistou a crítica com boas letras, pesquisa de timbres e inspiração em ícones do blues como Muddy Waters e B.B. King. Inovando a formação tradicional do rap, Baco se apresentará com uma banda integrada pelo rapper Shan Luango e DJ BBzão, o guitarrista Ricardo Caian e as backing-vocals Bibi Caetano e Aisha Valdoni . No repertório, sucessos do primeiro álbum, “Esú” (2017), singles e todas as canções do novo trabalho, destacando-se as pérolas “Kanye West da Bahia”, “Me desculpa, Jay Z” e “Queima minha pele”.
Larissa Luz, Luedji Luna e Xenia França, bonitas representantes da nova música de origem pop africana produzida em Salvador, apresentarão o show Ayabass, cujo nome faz alusão ao termo yorubá, que significa “mãe rainha”, dedicado às orixás femininas. Com os pés fincados nas raízes ancestrais, cada uma delas trará o arquétipo de uma yabás – Yansã, Oxum e Yemanjá são as escolhidas para a narrativa musical. O trio será acompanhado por quatro instrumentistas negras. No repertório, releituras modernas de cantoras e grupos como Marcia Short, Alobêned, Margareth Menezes, Virgínia Rodrigues, Patrícia (Timbalada) e Ilê Aiyê, além de composições autorais do repertório de cada uma das artistas, repaginadas em versões especiais e duetos inéditos.
O cantor e compositor pernambucano Otto fará um show especial festejando os 20 anos de lançamento do seu primeiro álbum solo, “Samba pra Burro” (pioneiro na mistura de ritmos brasileiros com música eletrônica), além de canções marcantes de todas as fases de sua carreira, incluindo o recente, “Ottomatopeia” (2018). Também do sempre fértil Pernambuco, a cantora Duda Beat é um fenômeno de popularidade nas redes sociais e apresenta uma sedutora sonoridade pop brega eletrônica. Não por acaso, ela acaba de ganhar o prêmio de artista revelação 2018 da APCA (Associação Paulistas de Críticos de Arte) com o seu primeiro álbum, “Sinto Muito”.
De Salvador, o duo BAYO leva para o palco do Festival Sangue Novo a vibrante sonoridade percussiva eletrônica do álbum “Peixe” (2018), numa mescla de samba-reggae, riffs de guitarra e beats eletrônicos. A dupla é formada pelo guitarrista Graco Vieira e pela baixista Nina Campos. Também made in Bahia, o rapper Hiran vai fazer o público do festival vibrar com seu hip hop cheio de ideias criativas e atitude “queer”, com um show baseado no seu ótimo álbum, “Tem mana no rap” (2018), no qual reivindica o espaço artístico que lhe cabe enquanto jovem, talentoso, negro e gay.
Moda e Sustentabilidade – Os amigos e criadores em Moda, com atenção para sustentabilidade nas várias etapas do processo produtivo, se uniram na feira do Sangue Novo. De um lado, a ACRE RECIFE BAHIA, o selo multilinguístico do Recifense Cássio Bomfim que atua nas áreas de Produção Independente de eventos e projetos artísticos, Teatro Domiciliar, Figurino e Direção de Arte, Moda, Publicações e Artes Visuais. Com uma moda autoral que propõe reinvenções e justaposições de temáticas brasileiras e elementos das manufatura e indústria têxtil nacionais aliada a uma pegada de Streetwear e de Artes Plásticas, o ACRE desenvolve anualmente uma coleção de roupas e suas possibilidades de linguagens, como na Performance de Rua em que artistas convidadas e participantes inscritas pelas Redes Sociais mostravam uma coleção de roupas numa simulação/paródia de concurso de beleza (Coleção Ekédi Odoyá Garota Iemanjá), ou como nas fotos produzidas em parceria com fotógrafos do Brasil e na performance na Semana de Arte de Berlin (Coleção Salve Exu Motoboy). Linho, Algodão, Viscose, Cores, Bordados, Exu, Futuro, Marinheiros, Pedreiros, Prostitutas, Orixás, Presente, Acrílico, Recife, Salvador, Rua, Arte, Performance, Poesia, Autoafirmação Étnica e Civilizacional.
Do outro a estilista Karol Farias, apresenta a Re-fazenda, marca que nasce de sua inquietação por desenvolver peças sustentáveis. A ideia de Karol é fazer moda gerando o menor impacto possível para o meio ambiente. As peças, sempre exclusivas, são criadas a partir de roupas garimpadas em brechós ou recebidas como doação. Karol também utiliza refugo de materiais de outras coleções. Também estará presente a marca T. Camisetaria, dedicada a t-shirts e t-dresses com aposta no design e na arte
como estilo de vida. Em cada peça, uma obra assinada por artistas e fotógrafos contemporâneos, além de estampas inspiradas nas obras de nomes que marcaram a História da Arte. A escolha pela camisetaria é uma aposta na simplicidade. Mas, ao
mesmo tempo, algo carregado de identidade: Karol, pessoalmente, garimpa os artistas e interfere nas obras, deixando em cada peça a sua “digital”. A estilista inova nos shapes, sempre buscando referência no universo das camisetas. Dessa forma, o design está presente não apenas nos prints, mas também nas formas de suas tees.
Serviço
Festival Sangue Novo
Dia 26 de janeiro, a partir das 16h
No Porto Salvador – Comércio
Ingressos esgotados