“Apareci
Apareci com pretos cabelos,
Carregando o peso macumba,
Feito árvore com folhas e frutas.
Somente marcando território…
Atualmente pregando amor,
ódios passados me fazem refletir,
Fazendo promessas de minha presença,
De repente, apareci!
Fernando Gonzaga, em Cadernos Negros. Vol. 37
O espetáculo “Da própria pele, não há quem fuja”, parte da pesquisa sobre a diversidade no contexto cultural afro-brasileiro. As coreografias exploram ideias de elementos como a simbologia de orixás e aspectos das manifestações populares, como Zambiapunga e Mandus, através de um olhar contemporâneo. A dramaturgia transita entre memórias pessoais, e nas ressignificações destas manifestações na composição coreográfica. O corpo festivo e sagrado se apresenta como encruzilhada, lugar de encontros e desencontros, lugar de chegada e partida de identidades em fluxo e compartilhamentos de heranças/legados ancestrais afro-brasileiros. A casa, a roupa, a fala, o santo, o retrato, o gesto, o trabalho, o canto, a dança, a festa, a pele, o apito, a enxada, a hipoderme, o grito, Tupã, o pano, a batucada, Xangô, a pesca, o índio, a voz, os avós. A ancestralidade na tez”.
A peça fica em cartaz nos dias 22 e 23 de março, às 19h, no Casarão Barabadá, no bairro Sto Antônio Além do Carmo, em Salvador.
FICHA TÉCNICA
Direção e Coreografia: Bruno de Jesus
Assistente de Coreografia: Fred Lopes
Bailarinos: Claudiana Honório, Fred Lopes, Inah Irenam, Marcello S. dos Santos, Pri Barreto, Ruan Wills, Sebastião Abreu, Thiago Cohen.
Bailarino Estagiário: Arieli Batista
Figurino e Cenografia: Bruno de Jesus
Projeto de Luz e Operação: Anderson Rodrigo
Trilha Sonora: Flávio Bueno e Bruno de Jesus
Produção: Inah Irenam e Betânia Cesar
Fotografia: Shai Andrade