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Drag queen aciona PM e exige que crime de LGBTfobia conste em peça acusatória do caso Rauan

Redação,
28/10/2020 | 12h10
(Foto: Divulgação)

O atentado criminoso que deixará para sempre o cabeleireiro e modelo Rauan Pereira dos Santos, 29 anos, com sequelas, deve ser tipificado como crime de LGBTfobia, declarou, nesta terça-feira (27), a drag queen Petra da Bancada.

Com golpes de faca e pedradas, Rauan sofreu agressões dentro do apartamento em que mora, no bairro da Vila Ruy Barbosa, na Cidade Baixa. Rauan teve o seu couro cabeludo arrancado com uma faca e todos os ossos do seu rosto quebrados por uma dupla que se entregou à polícia e responde preventivamente por tentativa de homicídio.

Para Petra, cocandidata a vereadora em Salvador, o uso excessivo da força e o requinte de crueldade utilizado contra o LGBT representam, por si, a expressão de LGBTfobia.

“A LGBTfobia não se expressa somente no xingar de viado ou sapatão ou travesti. Ela está marcada para sempre no corpo de Rauan, pois foi ela, a LGBTfobia, quem autorizou os dois jovens a chegarem tão longe no uso da crueldade e força”, disse.

A cocandidata a vereadora de Salvador solicitou formalmente que o mandato do deputado estadual Jacó oficializasse o Gabinete do Delegado Geral, estrutura institucional que coordena o trabalho da Polícia Técnica, para incluir o crime de LGBTfobia na ocorrência.

“Nós estamos exigindo que a LGBTfobia conste na peça acusatória, pois é justamente a ausência ou negação desse dado que prejudica o desenvolvimento de políticas públicas que nos protejam verdadeiramente; que promovam uma verdadeira cultura de paz e respeito a nossa diversidade”, concluiu Petra.