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Drag e ativista Petra Peron defende auxílio emergencial estadual para a Cultura

Genilson Coutinho,
16/02/2022 | 14h02
Foto: Divulgação

A drag queen e ativista Petra Peron segue na espera pela aprovação das Leis da Cultura que homenageiam Paulo Gustavo e Aldir Blanc.

O adiamento para semana que vem da votação na Câmara dos Deputados, em Brasília, aumentou a expectativa entre produtores e artistas baianos de que, em mais um ano sem Carnaval, os projetos sejam aprovados. 

Na opinião da drag queen, ambos são fundamentais para a recuperação do setor, afetado pelas medidas de isolamento social desde o início da pandemia do Covid-19, em março de 2020.

“Precisamos nos manter conscientes no enfrentamento à pandemia, mas sem alternativas, os trabalhadores da Cultura não sobreviverão por mais um longo período de cancelamento de eventos e atividades culturais. Este ano não teremos o Carnaval e corremos riscos de mais um ano sem os tradicionais festejos juninos. A Lei Paulo Gustavo vem para dar continuidade ao socorro à toda a cadeia produtiva da Cultura, iniciado com a Lei Aldir Blanc, e ainda tem um caráter simbólico importante: homenageia um grande artista, gay, gigante do audiovisual, humorista, ator e também ator transformista brasileiro que foi o Paulo”, afirma Petra.

Mesmo que as duas leis sejam aprovadas em Brasília, a comemoração não pode dar lugar à desmobilização dos artistas baianos, opina a drag. Afinal, a discussão sobre a aprovação de uma lei emergencial de auxílio à Cultura em nível local segue viva. 

“Contamos com algumas iniciativas importantes, e uma delas é o projeto de indicação do deputado estadual Jacó (PT) que institui a lei Mário Gusmão”. Este prevê um repasse mensal de R$ 500 pagos em quatro parcelas para trabalhadores da Cultura, sobretudo técnicos, produtores, aqueles e aquelas por trás das coxias e dos bastidores, muitas vezes invisíveis dos grandes editais de fomento ou emergenciais”, explica.

Conforme as informações da Agência Câmara Notícias, o Projeto de Lei Paulo Gustavo (PLP 73/21) segue as diretrizes da Lei Aldir Blanc de fomento ao setor e libera R$ 3,8 bilhões do Fundo Nacional de Cultura para ações emergenciais no apoio a produções audiovisuais, salas de cinema, cineclubes, mostras, festivais e ações de capacitação. 

Já o PL 1518/2021, conhecido como Lei Aldir Blanc 2, institui a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento ao Setor Cultural e prevê o repasse anual de R$ 3 bilhões para execução descentralizada pelos estados e municípios. O projeto foi aprovado pela Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados e tramita em regime de urgência.