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Documentários de Sérgio Machado ganham mostra retrospectiva no XX Panorama Internacional Coisa de Cinema

Genilson Coutinho,
13/03/2025 | 13h03
Foto: Genilson Coutinho

Com uma filmografia marcada por obras que exploram a identidade e a cultura da Bahia, Sérgio Machado terá uma mostra especial no XX Panorama Internacional Coisa de Cinema, que acontece de 2 a 9 de abril, em Salvador e Cachoeira. O cineasta baiano estará presente em algumas sessões no Cine Glauber Rocha (Praça Castro Alves) e irá conversar com o público ao final da exibição.

O longa “3 Obás de Xangô” (2024), que estreia no circuito comercial no final de abril, é um dos destaques da mostra. O documentário resgata a amizade entre três grandes ícones da cultura baiana: Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé. Premiado no Festival do Rio e na Mostra Internacional de São Paulo, o filme mostra como a relação do trio influenciou a construção da identidade cultural da Bahia, a partir de imagens de arquivo e depoimentos de personalidades como Gilberto Gil e Paloma Amado.

Outra obra recente é “A Bahia Me Fez Assim” (2024), que celebra a riqueza sonora do estado ao promover encontros entre artistas de diferentes gerações. Sob direção musical de Alê Siqueira, o documentário acompanha o processo criativo da releitura de clássicos da música baiana, com participações de Rachel Reis, Afrocidade, Larissa Luz, Attooxxa, Ganhadeiras de Itapuã, Tiganá Santana, Ilê Aiyê, Orkestra Rumpilezz, Xênia França, entre outros.

A mostra tem ainda “Luta do Século” (2016), documentário que resgata a histórica rivalidade entre os boxeadores Luciano Todo Duro e Reginaldo Holyfield. Além de reviver as disputas no ringue, o filme se aprofunda nos desafios pessoais enfrentados pelos atletas, traçando um panorama do cenário do boxe brasileiro.

Foto: Divulgação /Assessoria

Fechando a retrospectiva, “Onde a Terra Acaba” (2002) investiga a vida e a obra de Mário Peixoto, diretor do clássico “Limite”, de 1931. Premiado nos festivais de Gramado e do Rio, o documentário se tornou referência no resgate da história do cinema brasileiro.

Nascido em Salvador, Sérgio Machado construiu uma carreira marcada por narrativas que refletem as nuances sociais e culturais do Brasil. A mostra retrospectiva do cineasta também terá sessões na Sala Walter da Silveira e no Cine Theatro Cachoeirano (Cachoeira). A programação do Panorama será divulgada na próxima semana.

O festival foi contemplado pelo edital Gregórios Ano IV, com recursos da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) – Ministério da Cultura, Governo Federal. E conta ainda com o patrocínio do Instituto Flávia Abubakir e apoio do Governo do Estado da Bahia, por meio do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura.