Ícone do site Dois Terços

Doador de sangue não pode ser discriminado por orientação sexual

 

Uma portaria publicada na última terça feira hoje (14) pelo Ministério da Saúde determina que os hemocentros não devem colocar a orientação sexual como critério para selecionar doadores de sangue. No entanto, na prática, homossexuais e bissexuais continuam a ser considerados inaptos a doar sangue.  De acordo com a portaria, a orientação sexual (heterossexual, homossexual e bissexual) não deve ser usada como critério para selecionar candidatos a doar sangue “por não constituir risco em si própria”. “Não deverá haver, no processo de triagem e coleta de sangue, manifestação de preconceito e discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, hábitos de vida, atividade profissional, condição socioeconômica, raça, cor e etnia”, diz material distribuído pela pasta.  No entanto, homem que tenha feito sexo com outro homem (HSH) nos últimos 12 meses continua impedido de doar sangue. O argumento é que o risco de contágio pelo vírus HIV nesse grupo é maior em comparação aos heterossexuais. “Todos os nossos estudos recentes ainda mostram que o risco de homem que fez sexo com homem é 18 vezes maior de ter infecção pelo HIV do que a população que não tem esse tipo de atividade sexual. Esse risco aumentado faz com que se exclua homens que tenham feito sexo com homem nos últimos 12 meses”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao participar das comemorações ao Dia Mundial do Doador de Sangue.  A restrição está prevista em legislação desde 2004 e também engloba heterossexuais que tenham tido relação sexual com mais de um parceiro no mesmo período. Não há impedimento para as lésbicas.

Fonte: Agência Brasil

 

 

 

Sair da versão mobile