
Thales Cavalcanti interpreta Henrique, protagonista da série original (Foto: Pedro Carrilho/Gshow)
Cada vez mais parte da vida das pessoas, os grupos de WhatsApp se tornaram verdadeiros centros de debate, discussões e trocas de informação, uma rede social muito rica em compartilhamento de ideias e opiniões. Essa semana um desses grupos, do qual nosso editor faz parte, apresentou um questionamento polêmico: você namoraria um sorodiferente?
O fato é que a enquete rendeu um debate interessante e maduro entre os participantes, que se posicionaram, na maioria das vezes, favoráveis ao namoro, desde que houvesse cuidados e responsabilidade com o parceiro. Confira algumas das opiniões publicadas no grupo:
“Eu namoraria sim, um soro positivo, desde que o mesmo tivesse o cuidado com os medicamentos e muita prevenção. Independente de qualquer coisa, o sentimento tem que vir em primeiro lugar, sei que é difícil tomar uma decisão dessa, é realmente uma escolha difícil, o medo sempre impera, mas além de ser um soropositivo, temos que lembrar que se trata de uma pessoa, um ser humano que acima de tudo deve ser amado, não discriminado”, afirmou um dos membros do grupo.
“Já transei com um soropositivo e levei adiante mais que uma noite de sexo… Conversamos muito tempo antes de chegar às vias de fato e eu já sabia quando fomos para as vias de fato. Ele não quis levar adiante por medo de eu contrair. Mas eu levaria! Eu conheci um garoto há um tempo atrás e a gente sempre marcava pra se encontrar pra sair e nunca dava certo…daí a gente se perdeu no Facebook mesmo, paramos de nos falar, mas eu acompanhava sempre as fotos dele e postagens e aí aconteceu o seguinte: nós nos encontramos novamente, a gente marcou pra se encontrar e aí na própria conversa inbox ele me contou que estava com HIV, que era portador do vírus da AIDS. Como reagir? Como proceder? Eu fiquei sem palavras, tentei fazer de conta que era tudo muito natural, mas eu estava completamente sem graça e sem saber o que fazer. Eu também não tive coragem de dar continuidade”, depôs outro participante.
Algumas pessoas do grupo ressaltaram que se descobrissem a sorologia do parceiro, isso não seria motivo para o término do namoro, conforme descreveu outro membro. “Depende viu…se eu descobrisse no meio da minha relação, eu ficaria o resto da vida, porque quando a gente ama, isso se torna besteira, mais se eu fosse namorar com uma pessoa já sabendo da situação não sei se seria capaz de querer dar início”.
O tema que virou debate de grupo do WhatsApp também está sendo trabalhado no eixo central de trama da novela teen global “Malhação: Seu Lugar no Mundo”. Na nova temporada, lançada este mês, o folhetim traz uma nova série original chamada “Eu Só Quero Amar”, que explora os desafios na vida de casais sorodiferentes (parceiros com diferentes sorologias para HIV).
A série, que é um misto de documentário e ficção, é fruto da parceria entre o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) e a área de Responsabilidade Social da Globo, iniciada com o lançamento da campanha “Viver Melhor”, em setembro de 2015. O ponto de partida da série é o casal Henrique e Camila, interpretado pelos atores Thales Cavalcanti e Manuela Lerena. Henrique convive com HIV e namora Camila, que é soronegativo. Depois de uma história conturbada e cheia de obstáculos, os dois resolveram bancar a relação enfrentando até mesmo a resistência dos pais de Camila.
E você, o que faria diante de situação assim?
Assista a serie :