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‘Dandara pele – flores – pretas’ estreia no Teatro SESI Rio Vermelho

Foto: Divulgação

Você conhece alguma flor preta? DANDARA pele – flores – pretas um recorte do repertório que vem desenvolvendo e apresentando desde 2016 e que parece tão presente. Um show potente com cheiro, memórias e cheio de energia que apresenta um apanhado de canções que trazem reflexões sócio-políticas, contextualizadas com temas urgentes e contemporâneos.
Tantos acontecimentos recentes têm atravessado nosso cotidiano. Reportagens, postagens, roda de amigos. A comunidade preta, periférica, mesmo passando por uma pandemia, tem sido alvo de manchetes fora da realidade. “É impossível que isso esteja acontecendo em pleno século XXI. Não consigo acreditar que ainda esteja passando por isso, ser seguido em lojas, apontado na rua, vendo os meus pares sendo assassinados” ;diz Anderson Danttas ator que dá vida a DANDARA.
SOBRE O ARTISTA…
Anderson Danttas é provocador de cenas; ator, bailarino, produtor, drag… Homem gay negro / Formado em Administração de empresas e bailarino integrou A Outra Companhia de Teatro, atuando e produzindo. Como ator, integrou os espetáculos: Última Chamada; Sertão; Ruína de Anjos; BORRADO [de como o tempo te revela], Remendo Remendó e O que de você ficou em mim. Circulou pelo Projeto PALCO GIRATÓRIO com espetáculo Ruína de Anjos (2017). Em outras montagens: musical Madame Satã, Afronte AKULOBEE. Como bailarino, dançou para coreógrafos baianos importantes, destacando o espetáculo “Sementes” resultado de artistas Baianos e Poloneses, pelo festival VIVADANÇA em 2016 (Brasil) e 2017 (Polônia); Circulação pela Europa (Polônia-Armenia-Geórgia) com espetáculo Polifonias – resultado do intercâmbio 2017/2018/2019 e Sertanias, de Lia Robatto. Na área de produção, trabalhou no VIVADANÇA Festival Internacional de 2013 a 2019 além de trabalhar em projetos de montagem e circulação de espetáculos como Na beirada do Mar, Remendando a Bahia, Outras Cenas e Pé na Estrada, Ruína de Anjos, O que de você ficou em mim e BORRADO.

O repertório do show cênico performático ritual dialoga com a poesia enquanto estética, a artista dialoga com as canções enquanto intérprete e a poesia dialoga com a artista enquanto

representatividade. Para potencializar o espetáculo, no intuito de homenagear às lutas e conquistas do povo preto, DANDARA toca atabaque, canta, traduz poemas, dubla palavras em canções de flores mulheres Elza Soares, luedji luna, Ellen Oléria, Larissa Luz, Sandra de Sá, Mahmundi, Xênia e outros buquês.
As flores pretas estão espalhadas por todos os cantos, brotando em asfaltos, na palma da mão espalhando perfume preto por onde passa, seja de salto, sapato ou sentindo o pisar na terra. O olfato está tão ligado à memória porque é o único dos sentidos que tem uma ligação direta com o sistema límbico dentro do cérebro, que é o sistema das emoções e das memórias. Por isso, é muito comum a pessoa sentir o cheiro e se lembrar de algum momento específico que viveu ou de uma pessoa específica. Muito mais que um espetáculo, é um encontro sensorial, é uma experiência, uma possibilidade de volta aos contatos, aos afetos, às possibilidades de afetar-se pelo e com o outro.
Que sejamos flor por onde for…

serviço:
O Que? DANDARA pele flores pretas
ONDE? Teatro SESI – Rio Vermelho
QUANDO? dias 24 e 31 de março às 20h
CONTRIBUIÇÃO? 20,00 (inteira)

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