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Consumo consciente, cooperativismo e preservação ambiental serão temas foco do projeto que tem ações diversas até março

Lila Lopes – Foto : Divulgação

Garapuá, a pacata vila de pescadores, vizinha a Morro de São Paulo, no Arquipélago de Tinharé, município de Cairú, ganha atenção com o Projeto Origens de Garapuá, que tem como proposta capacitar, educar e orientar a população por meio de práticas sustentáveis de conservação das origens identitárias e manutenção das atividades típicas de subsistência com foco na cultura, comunidade e meio ambiente. Idealizado pelo Instituto de Responsabilidade e Investimento Social (ÍRIS) e produzido pela AU Marketing com Propósito, o projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura e do Centro de Culturas Populares e Identitárias (Programa Aldir Blanc Bahia), via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

Durante três meses, janeiro a março, diversas ações serão promovidas no vilarejo, como a produção de um documentário, criação de uma cartilha como guia para população e visitantes, nomeação de ruas homenageando personalidades locais, mentoria histórico-cultural para professores locais, criação de hortas comunitárias, além de exibição audiovisual, debates com temática socioambiental e oficinas com participação dos moradores.

Lila Lopes, diretora executiva do instituto e idealizadora do projeto, ressalta que Garapuá tem muita história para contar, com potencial turístico, mas mantendo a essência. “A vila se destaca pelo silêncio, belezas naturais, simplicidade e peculiaridades. É preciso cuidar e valorizar esse patrimônio baiano, por isso, o projeto foca em três pontos essenciais, que são cultura, meio ambiente e comunidade”, explica.

Raízes de Garapuá – A história desta vila de pescadores brota do mangue, das “Raízes de Garapuá”, título do documentário dirigido pelo cineasta e jornalista baiano Lula Oliveira que resgatará estas memórias, cultura e valores da comunidade.

As gravações começaram na primeira semana de fevereiro com registros da rotina, eventos religiosos, paisagens e, principalmente, bate-papos com os moradores e visitantes mais antigos da região.

Lila conta que a ideia de um documentário partiu de uma preocupação com a preservação e fortalecimento da identidade daquela região diante de um crescimento do fluxo de visitantes, empresários e turistas, situação muito comum em comunidades de ilhas como aquela. Para ela, que propôs o roteiro e convidou o cineasta para dirigir e co-produzir o documentário, contar a história com naturalidade, na sua essência, será o principal objetivo deste trabalho. “Nossa proposta é construir um pensamento e reflexão audiovisual em torno da memória afetiva sobre Garapuá, que será um presente também para os nativos no futuro e turismo da Bahia”, enfatiza.

Para o cineasta, o maior desafio para a equipe de filmagem, é “conseguir capturar, com sensibilidade, o resgate dessa memória através das pessoas que conhecem e contam a história desse lugar tão peculiar”, avalia.

O lançamento do vídeo está previsto para o fim de março, quando todo o projeto será finalizado e apresentado à comunidade garapuense.

Projeto Origens – O projeto Origens de Garapuá consiste no resgate, valorização e preservação da cultura, da comunidade e do meio ambiente através de diversas ações, entre elas, a produção de um documentário e oficinas educativas. É realizado pelo Instituto Íris, organização sem fins lucrativos com atuação na Bahia e em outros estados há 22 anos, e atende diversas empresas, públicas e privadas que desenvolvem projetos de impacto social positivo, a exemplo do Shopping da Bahia e de outros equipamentos da Refe Aliansce Sonae, administradora do Shopping da Bahia.

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