Cientistas criam preservativo smart que se lubrifica sozinho
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Polímero que retém água faz com que camisinha consiga ficar escorregadia durante todo ato sexual — Foto: Divulgação/RSOS
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Cientistas da Universidade de Boston desenvolveram uma camisinha autolubrificante. Diferentemente dos produtos à venda atualmente, que usam óleo de silicone para lubrificação, o preservativo smart responde aos fluidos corporais, fazendo com que a própria superfície fique escorregadia quando em contato com a pele humana.
A invenção tem como objetivo aumentar o uso do preservativo, tendo em vista que muita gente dispensa o método contraceptivo alegando desconforto, principalmente os homens. O estudo teve apoio da Fundação Bill e Melinda Gates, instituição filantrópica criada por Bill Gates e sua esposa.
O que os pesquisadores fizeram foi revestir a camisinha com um polímero que prende moléculas de água. Ao entrar em contato com os fluidos expelidos durante a relação sexual, o material retém uma fina camada de água em sua superfície, tornando-a escorregadia.
A grande vantagem do tratamento é que o preservativo mantém a lubrificação durante todo o ato, enquanto lubrificantes a base de óleo perdem sua capacidade depois de alguns minutos. Nos testes de laboratório, após 15 minutos de fricção do látex com uma superfície imitando a pele, a camisinha tradicional gerou o dobro do atrito em relação à revestida com o polímero.
A equipe de pesquisadores também conduziu experimentos com 33 pessoas de 24 e 58 anos, sendo 13 homens e 20 mulheres. Deste grupo, 85% considerou o preservativo inteligente mais escorregadio do que o tradicional e 73% disse preferir a camisinha com revestimento de polímero à com lubrificante de óleo de silicone.
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Novo preservativo se lubrifica sozinho em contato com pele humana — Foto: Divulgação/Ministério da Saúde
Além disso, dos participantes que disseram nunca usar camisinha, 57% manifestaram que considerariam usar o preservativo criado na Universidade de Boston. “Os próximos passos incluem a fabricação do preservativo (sob boas práticas de fabricação) e a realização de um estudo de marketing com casais”, disse o químico Mark Grinstaff, um dos autores do artigo publicado na The Royal Society Open Science, ao site Digital Trends. Por enquanto, os pesquisadores não divulgaram informações sobre o preço do produto, que também é descartável, assim como os preservativos normais.
Vale lembrar que essa não é a primeira camisinha smart existente. O i.Con é um preservativo inteligente que promete acompanhar a relação sexual do usuário, fornecendo informações sobre a quantidade de calorias perdidas, velocidade e tempo de duração. No entanto, ao contrário do esperado, o produto não protege de doenças sexualmente transmissíveis e não evita gravidez. Seu preço é de 60 libras (aproximadamente R$ 290, em conversão direta e sem impostos