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Chegada do outono aumenta riscos de doenças respiratórias

A chegada do outono e a proximidade do inverno provocam mudanças na temperatura e aumento da umidade. Esses fatores favorecem o aparecimento de alergias e doenças respiratórias. Isso porque as condições climáticas proporcionam um aumento na transmissão de vírus respiratórios e podem piorar o quadro de doenças como rinite, asma e bronquite. Médicos alertam que há um aumento de 40% na incidência de quadros alérgicos nesse período. Para entender como acontecem as alergias da estação, o pneumologista do Sistema Hapvida, Dr. André Gentil explica que o clima mais frio favorece a manifestação de infecções respiratórias, devido à inversão térmica. A massa de ar mais pesada demora em ascender para a camada mais extensa da terra, o que provoca a retenção de poeiras, bactérias, poluentes e vírus no ar. De acordo com Gentil, asma e rinite alérgicas estão entre os problemas que mais atingem a população nesse período e, geralmente associada a elas, vêm as dermatites tópicas.

Sintomas e Tratamento

As manifestações alérgicas das vias aéreas costumam apresentar sintomas como espirros, corizas, tosse seca e irritativa. Conforme explica o médico, no caso da rinite os sintomas que prevalecem são espirros associado à coriza, além de tosse seca e irritativa e prurido nasal intenso. Já os principais sintomas da asma são broncoespasmo (pulmão fechado), sensação de falta de ar e peito chiando.

Em ambos os casos, os tratamentos para o controle dos sintomas são feitos com medicamentos, muitos desses fornecidos gratuitamente pela farmácia popular. O tratamento para rinite, inclui o uso de medicamentos e corticóide nasal. No caso da asma, além do corticoide inalatório, a depender do quadro do paciente, é preciso fazer a adição do broncodilatador. Já o tratamento para a dermatite tópica requer o uso de hidratante e corticóide tópico, além de cuidados com a pele, como evitar o banho quente.

Prevenção

Para manter a saúde das vias respiratórias em dia e diminuir as infecções e alergias, André Gentil orienta que seja evitado o contato com os agentes desencadeadores. Para isso, é importante manter os ambientes arejados, evitar contato com pessoas gripadas, evitar fumar, beber bastante líquido e expor as roupas de cama ao sol para diminuir a quantidade de ácaros. Para as pessoas que já são alérgicas, o médico chama ainda a atenção para evitar ao máximo contato com tapetes, bichos de pelúcia e tudo aquilo que contenha pêlos. Além disso, o Dr. André alerta que se evite respirar pela boca, para que através da respiração nasal o ar já entre nos pulmões, aquecido e filtrado.

Alergias x Covid-19

Em tempos de pandemia, o especialista reforça que é importante saber diferenciar os sintomas de uma crise alérgica para não confundir as alergias da estação com os sintomas do coronavírus da covid-19. No entanto, ele afirma que muitas vezes pode ser difícil avaliar o paciente apenas pelo quadro clínico.  “Pode ser difícil avaliar o paciente apenas pelo quadro clínico porque após a vacina, os quadros de covid-19 foram ficando cada vez mais leves. Então, a melhor maneira de confirmar o diagnóstico é realizar o exame PCR, nos primeiros 6 a 7 dias, para o diagnóstico mais preciso”, orienta.

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