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Centro gay paulistano, Largo do Arouche recebe intervenção sobre amor entre homens negros

Em uma terra estranha, quatro homens negros partilham fragmentos de suas histórias homoafetivas em praça pública. Dividem com os espectadores os pedaços e fios de suas memórias. O amor assume dimensão pública e passa a ser o tema central numa perspectiva de enfrentamento e mudança social. Este será o enredo de “Ainda… Numa Terra Estranha – Fragmentos a James Baldwin”, nova intervenção teatral do coletivo Os Crespos, que rola dia 23 de março (domingo), às 16h, no Largo do Arouche, região central de São Paulo.

A atividade é gratuita e tem a direção de Eugênio Lima, co-direção de Lucélia Sergio e atuação de Sidney Santiago Kuanza, Luís Navarro, Vitor Bassi e Sírius Amen e participação do Coletivo Elo da Corrente. A produção é de Eneida de Souza. O projeto tem o apoio da 22ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.

As intervenções dos Crespos são fontes de pesquisa para o projeto “Dos Desmanches aos Sonhos – Poética em Legítima Defesa”, uma investigação cênico-áudiovisual sobre o impacto da escravidão e as esferas das relações entre afetividade, negritude e gênero no Brasil. Em 2013, o grupo concentrou-se na questão das mulheres, mas, em 2014, o foco de pesquisa é a homoafetividade masculina.

O estudo resultará no espetáculo “Cartas a Madame Satã ou me desespero sem notícias suas” (nome provisório), com estreia marcada para o dia 18 de abril de 2014, no teatro Heleny Guariba, na Praça Roosevelt, em São Paulo. Além de intervenções públicas e palestras sobre o tema, os Crespos realizaram quase 100 entrevistas, sendo que 40 delas destinaram-se especificamente para “Cartas a Madame Satã”.

“Ainda… numa terra estranha – Fragmentos a James Baldwin”: 
23 de março, a partir das 16h
Largo do Arouche, região central de São Paulo (Estação República do Metrô)
Grátis

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