No Dia Mundial da Aids, um grupo de 16 celebridades internacionais juntou-se ao apelo do Unaids para que líderes globais priorizem os direitos humanos como base para erradicar a aids como uma ameaça à saúde pública. Entre os apoiadores estão figuras como o ator de Hollywood Luke Evans, a cantora Sia e a atriz sul-africana Thuso Mbedu, que pedem ações concretas para enfrentar estigmas e discriminações que ainda dificultam o combate ao HIV.
A campanha, intitulada “Siga o caminho dos direitos para acabar com a aids”, destaca que respeitar e garantir os direitos humanos é essencial para ampliar o acesso a serviços de saúde e proteção social. “Quando os direitos humanos são respeitados, as pessoas podem buscar assistência médica livremente, incluindo prevenção e tratamento do HIV”, enfatizou o ator e comediante Stephen Fry.
A cantora e compositora Sia do hit Unstoppable
Direitos humanos como pilar central
O Unaids aponta que as violações de direitos humanos continuam sendo um grande obstáculo no enfrentamento da pandemia de aids. Segundo o relatório da organização, 63 países ainda criminalizam pessoas LGBTQ+, dificultando o acesso dessas comunidades a serviços essenciais.
“Quando pessoas LGBTQ+ são criminalizadas, elas são empurradas para a clandestinidade e afastadas dos serviços de saúde, incluindo os de prevenção e tratamento do HIV”, afirmou o poeta e comediante Alok Vaid-Menon.
“Todos nós vencemos a luta contra a aids quando os direitos humanos e o direito à saúde são garantidos para todos em todos os lugares. Podemos acabar com a aids como uma ameaça à saúde pública promovendo direitos, respeito e dignidade para todos.” disse Margaret Cho, atriz e comediante.
Além disso, as disparidades de gênero também agravam a situação. Na África Subsaariana, mulheres e meninas representaram 62% das novas infecções por HIV em 2023, muitas vezes devido à falta de acesso à educação e à proteção contra violência de gênero.
“Quando as jovens não conseguem acessar educação, prevenção e testes de HIV, elas se tornam ainda mais vulneráveis ao vírus”, destacou Winnie Byanyima, diretora executiva do Unaids.
Números alarmantes e a necessidade de ação
Comediante e poeta Alok Vaid-Menon
O relatório do Unaids revelou que, em 2023, 1,3 milhão de pessoas foram infectadas pelo HIV, um número três vezes maior que a meta global de não ultrapassar 370 mil novas infecções anuais até 2025.
“Para proteger a saúde de todos, precisamos proteger os direitos de todos”, reforçou Byanyima.
A atriz e comediante Margaret Cho também ressaltou que a garantia dos direitos humanos é crucial para o sucesso dessa luta: “Todos vencemos a batalha contra a aids quando o direito à saúde é garantido para todos, em qualquer lugar.”
Um apelo global
Outras celebridades que apoiam a campanha incluem o estilista Tan France, o ator Alan Cumming, a atriz Uzo Aduba e a modelo filipina Pia Wurtzbach, entre outros. O grupo pede que líderes mundiais reforcem políticas inclusivas e eliminem barreiras que perpetuam desigualdades, mostrando que o fim da aids depende de um compromisso global com os direitos humanos.
O relatório completo, intitulado “Siga o caminho dos direitos para acabar com a aids”, está disponível no site do Unaids e apresenta estratégias para garantir serviços de HIV equitativos e acessíveis. A mensagem principal é clara: a chave para erradicar a aids está no respeito à dignidade e aos direitos de todos.
DA Agência de Notícias da Aids