‘Cássia Eller – O Musical’ estreia em setembro no Teatro Castro Alves
“Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher”. Os versos de Renato Russo que Cássia Eller cantou por tantos anos falam muito sobre a personalidade dessa artista, uma verdadeira fera nos palcos, mas que podia ser um bicho arredio fora dele, mulher de poucas palavras, cantora de infinitos sons e uma voz tamanha. Doce e amiga na vida, forte e surpreendente na arte. Com menos de 40 anos de vida e 20 de carreira, Cássia Eller partiu no auge e deixou uma obra eterna. Essa trajetória será encenada pela primeira vez em ‘Cássia Eller – o musical’, que realiza duas apresentações no TCA no dia 06 de setembro de 2014. Com direção de João Fonseca e Viniciús Arneiro, texto de Patrícia Andrade, idealização de Gustavo Nunes, produção nacional da Turbilhão de Ideias e produção local da Carambola Produções e Marlucia Sie produções, o espetáculo tem patrocínio do Grupo Segurador Banco do Brasil, Mapfre e copatrocínio do Shopping Iguatemi.
O papel-título é interpretado por Tacy de Campos, atriz e cantora de Curitiba, que foi escolhida entre mais de 1000 candidatas que se inscreveram para as audições, quando foi definido também todo o elenco, com mais seis atores, além da protagonista: Eline Porto, Emerson Espíndola, Evelyn Castro, Jana Figarella, Glicério Rosário e Thainá Gallo. João Fonseca e Viniciús Arneiro não poupam elogios à protagonista: “Tacy é sensacional, muito inteligente e intuitiva, além de ter uma voz incrível”, exalta João. “Ela surpreendeu a todos e, antes mesmo dela cantar, já estávamos magnetizados pela figura tímida e doce que ela é. Ao final da primeira música, ficamos um pouco em silêncio, admirados com o que estava diante de nós. Existem algumas semelhanças entre ela e a Cássia e foi essa pureza de estado que nos arrebatou”, complementa Viniciús.
Para João Fonseca,esse é um espetáculo diferente dos musicais biográficos que ele dirigiu anteriormente (sobre Tim Maia e Cazuza). “É focado no essencial, simples e teatral como a própria Cássia. Apenas cadeiras, os atores e os músicos. A Márcia Rubin elaborou uma coreografia diferente, não é uma dança convencional, mas uma movimentação coreográfica”, acrescenta. Viniciús Arneiro acredita que essa opção estética está em sintonia com o espírito da própria Cássia: “Alguém consegue imaginar um musical sobre ela com aquelas inúmeras coreografias? Isso não pertence ao universo dela. Partimos de escolhas um pouco mais orgânicas em termos de movimentação. Temos sim alguns pequenos números, mas não são nada espetaculosos. Nossa tentativa é criar um ambiente que esteja conectado com a essência da Cássia”, enfatiza.
João Fonseca revela ainda que tem um apreço especial por Cássia Eller. “Dos musicais que dirigi, ela foi a única que conheci pessoalmente, além de ter visto todos os shows que pude. Ela assistiu várias vezes a ‘O casamento’, meu primeiro espetáculo, e sempre foi muito carinhosa comigo. A partida precoce dela foi um choque”.
Gustavo Nunes, idealizador e produtor do projeto, enfatiza que, desde quando surgiu a ideia de realizar o musical, o objetivo era revelar um novo talento, através de audição nacional. “Quando a Tacy apareceu, com uma enorme capacidade vocal e grande semelhança física com a Cássia, ficamos muito mexidos. A produção é uma homenagem à Cássia, por isso buscamos, sempre, sermos o mais fiel possível a sua essência: simples, original, ousada e, sobretudo, alegre”.
O texto de Patríca Andrade flagra Cássia ainda antes do início da carreira e acompanha toda a sua trajetória musical – dos primeiros passos como cantora a sua explosão nacional – sem deixar de lado seus amores, em especial Maria Eugênia, sua companheira com quem criou o filho Chicão. A autora fez um amplo mergulho na obra de Cássia e entrevistou familiares e amigos que a ajudaram a construir um mosaico fiel sobre a história da cantora.
A direção musical é de Lan Lan, que tocou anos com Cássia e tem total propriedade na obra da cantora. O roteiro passeia desde uma criação autoral quase obscura, como ‘Flor do Sol’, até algumas canções que ficaram imortalizadas por ela, como ‘Malandragem’ (Cazuza/Frejat), ‘Socorro’ (Arnaldo Antunes/Alice Ruiz) e ‘Por enquanto’ (Renato Russo). O amigo Nando Reis, que é também personagem do espetáculo, comparece com várias composições no repertório, como ‘All Star’, ‘O Segundo Sol’, ‘Relicário’, ‘Luz dos Olhos’ e ‘E.C.T’, entre outras.
Embora não gostasse de compor, Cássia tornava-se coautora de tudo que cantava e tinha uma versatilidade que a permitia transitar por todos os estilos musicais. A presença no roteiro de canções como ‘Come Together’ (Lennon/McCartney), ‘Nós’ (Tião Carvalho), ‘Non, Je Ne Regrette Rien’ (clássico na voz de Piaf, de Michel Vaucaire e Charles Dumont) e ‘Soy Gitano’ (J.Monje/José Fernandez/Torres) reforçam a pluralidade da artista.
Por ter estado tantos anos ao lado da homenageada, Lan Lan afirma que está sendo uma experiência especial participar desse projeto. “É incrível reviver tudo isso, porque vivíamos viajando, tocando, nos divertindo e não nos sobrava tempo para assistir a tudo, não tínhamos o feed back do que fazíamos. Essa é a hora exata, estou revisitando muitos arranjos que, na época, ajudamos a construir. Será uma grande jam session!”, festeja. Na codireção musical está Fernando Nunes, um grande amigo da cantora, baixista da banda e um dos músicos que mais tocou com Cássia.
A banda é formada por Felipe Caneca (pianista), Pedro Coelho (baixista), Diogo Viola (guitarrista), Mauricio Braga (baterista) e Fernando Caneca (violonista). Os integrantes são filhos de músicos que estiveram com Cássia em vários momentos da carreira dela. Pedro Coelho é filho de Marcio Miranda, tecladista e produtor musical que gravou com ela. Diogo Viola é filho de Toni Costa, guitarrista que também gravou com Cássia. Já Mauricio Braga estava assumindo a bateria da banda, quando ela faleceu. “Isso é muito bom para a sonoridade, pois além dos músicos serem muito fãs da Cássia, alguns a conheceram bem pequenos e agora estão tendo a oportunidade de tocar o repertório dela. Estão todos entusiasmados e com muito tesão, que era o ingrediente que a nossa banda tinha na época”, celebra Lan Lan.
A ficha técnica do espetáculo completa-se com os figurinos de Marília Carneiro e Lydia Quintaes, iluminação de Maneco Quinderé, cenários de Nello Marrese e Natália Lana e direção de movimento de Márcia Rubin.
Ficha Técnica
PATROCÍNIO
Banco do Brasil e Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre
COPATROCÍNIO
Shopping Iguatemi
TEXTO
Patrícia AndradeDIREÇÃO
João Fonseca e Viniciús Arneiro
IDEALIZAÇÃO e DIREÇÃO DE PRODUÇÃO
Gustavo Nunes
DIREÇÃO MUSICAL
Lan LanCODIREÇÃO MUSICAL
Fernando Nunes
ELENCO (ordem alfabética)
Eline Porto (Claudia / Eugênia), Emerson Espíndola (Ronaldo / Marcelo Saback / Elder / Executivo / Nando Reis), Evelyn Castro (Nanci (mãe) / Ana), Jana Figarella (Rúbia / Dora), Glicério Rosário (Altair Eller / Oswaldo Montenegro / Violonista / Empresário / Guto / Fernando Nunes ), Tacy de Campos (Cássia Eller) e Thainá Gallo (Moema / Lan Lan)
BANDA:
PIANISTA
Felipe Caneca
BAIXISTA
Pedro Coelho
GUITARRISTA
Diogo Viola
BATERISTA
Mauricio Braga
VIOLONISTA
Fernando Caneca
DIREÇÃO DE MOVIMENTO
Márcia Rubin
FIGURINISTA
Marília Carneiro e Lydia Quintaes
CENÓGRAFO
Nello Marrese e Natália Lana
VISAGISMO
Beto CarramanhosDESIGN DE LUZ
Maneco Quinderé
CENOTÉCNICO
André Salles e equipe
DESIGNER E ENGENHEIRO DE SOM
Carlos Esteves
PREPARADOR ELENCO (Tacy de Campos)
Ana Paula Bouzas
PRODUTORA DE ELENCO
Cibele Santa CruzFOTÓGRAFO
Marcos HermesASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO
João Pedro Madureira
ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO DE MOVIMENTO
Luar Maria
REPRESENTANTE DO ESPÓLIO DA FAMÍLIA DA CÁSSIA ELLER
Rodrigo Garcia
GERENTE DE PRODUÇÃO
Joana Motta
PRODUÇÃO EXECUTIVA
Leandro Daniel
ASSISTENTE DE PRODUÇÃO
Tamara Ganem
EQUIPE MUSICAL:
PREPARAÇÃO VOCAL
Marco DantonioPIANISTA ENSAIADOR
Felipe Caneca
IDEALIZAÇÃO
Gustavo Nunes
UMA PRODUÇÃO
Turbilhão de Ideias Entretenimento
PRODUÇÃO LOCAL:
Carambola Produções e Marlucia Sie Produções
Serviço:
.Local: Teatro Castro Alves
Informações: (71) 3117-4899
.Dia: 06 de setembro de 2014
Horários: 16h e 21h
. Entrada: R$ 100,00 inteira / R$ 50,00 meia
. Classificação etária: 14 anos
Duração: 125 minutos
Ingressos à venda a partir de 20 de agosto pelo site: www.compreingresso.com, nas bilheterias do Teatro Castro Alves, nos SACs do Shopping Barra e Shopping Bela Vista.
Assessoria de Imprensa: Jotaene Comunicação