Após um longo período de espera, o carnaval voltou. Em Salvador, já é possível notar o vai e vem de pessoas empolgadas e ansiosas para curtir as férias na maior festa de rua do mundo. No entanto, as doenças mais comuns dessa época não tiram folga e também curtem os festejos junto ao folião.
De acordo com a dermatologista das clínicas Novaclin e ÍBIS, pertencentes ao Grupo Cita (Centro de Infusão e Terapia Assistida), Priscila Fróes, é muito comum após os festejos, receber em seu consultório, pacientes reclamando de descamação, manchas, placas ou perda de cor e coceira, sintomas clássicos de infecções por fungos, a famosa “micose”.
A micose costuma atacar a pele, as unhas e o couro cabeludo. Em geral, ela provoca sintomas como coceira, descamação, fissuras, manchas brancas, amarronzadas ou vermelhidão e alteração nas unhas. Dentre os diversos tipos, os mais recorrentes nessa época são: tinea cruris (micose na virilha), onicomicose (micose nas unhas), intertrigo micótico em pés, conhecida como “frieira” e pitiríase versicolor, conhecido como “pano branco”.
“Todas essas doenças podem ser transmitidas por contato da pele de uma pessoa infectada para outra, e também com animais ou objetos contaminados. O problema principal é que quanto maior o calor ou a umidade, maior a proliferação e o risco de contágio. E algumas situações muito comuns no carnaval, como má higiene, uso de roupas de banho molhadas por tempo prolongado e secagem incompleta da pele após banho facilitam a colonização da pele pelos fungos, causando as micoses.
Curta com cuidado
Dra. Priscila Fróes afirma que o médico dermatologista é o especialista indicado para tratar dessas doenças, que com o aumento de umidade e calor favorece o aparecimento de fungos, portanto, é importante se atentar a qualquer sinal diferente no corpo. Existem medicações tópicas, em forma de pomada, spray, creme, esmalte, e medicações orais (comprimidos), capazes de tratar, dependendo do tipo, da extensão e da gravidade.
Assim, a médica ressalta dicas importantes para evitar a contaminação nessa época e curtir a festa sem preocupação. “Evitar o uso prolongado de roupas úmidas; não compartilhar toalhas, meias e sapatos; após o banho, enxugar bem o corpo, principalmente nas dobras (entre os dedos, embaixo das mamas); optar por meias de algodão, que absorvem melhor o suor; evitar usar o mesmo calçado por dois dias seguidos, e, se for necessário, colocá-lo em local arejado após o uso.”
Por isso, lembre-se sempre, principalmente no carnaval, quando o calor é intenso e as pessoas se movimentam bastante, pulando e dançando, de manter a higiene da pele adequada, prevenir as micoses e se hidratar bastante.
Dra. Priscila Fróes é dermatologista nas clínicas IBIS e Novaclin – Salvador, pertencentes ao Grupo CITA (Centros Integrados de Terapia Assistida), referência em tratamentos de doenças autoimunes no Brasil e está disponível para entrevistas sobre o “Micoses no Carnaval”.