Os termômetros já provam que o verão chegou com força total e, junto com os dias de praia e piscina, crescem os casos de candidíase: um problema que afeta 75% das mulheres. A infecção vulvovaginal é causada pelos fungos do gênero Cândida, que já existem naturalmente na flora da vagina, mas que podem se multiplicar em excesso e causar os sintomas como coceira intensa, vermelhidão, dor ao urinar e corrimento esbranquiçado. De acordo com o ginecologista Alexandre Amaral, esse desequilíbrio íntimo está associado a vários fatores, entre eles, o aumento da temperatura.
“Além do calor e da umidade, que tornam a região íntima propícia para a proliferação dos fungos, a candidíase pode aparecer quando o sistema imunológico está enfraquecido, quando há alterações hormonais, uso de antibióticos, alto consumo de açúcares e carboidratos e uso de roupas molhadas e/ou apertadas por muito tempo. Por isso que esse problema se torna tão frequente no verão”, explica o ginecologista.
Como prevenir a candidíase e manter a região íntima em equilíbrio:
· Usar roupas íntimas de algodão, pois permite que a pele respire;
· Não usar maiô ou biquíni molhado por muito tempo;
· Lavar a região genital somente com água e sabonete neutro sem perfume ou próprio para a região e evitar duchas íntimas. O excesso de banho não é saudável para a vagina;
· Dormir sem roupa íntima, sempre que possível;
· Evitar absorventes internos e protetores diários;
· Adotar um estilo de vida saudável, dormindo bem e gerindo o estresse;
· Reduzir o consumo de doces e carboidratos e praticar atividade física para equilibrar os níveis de glicose no organismo
· Evitar ter contato íntimo desprotegido durante o tempo de tratamento.
O diagnóstico de candidíase normalmente é feito pelo médico através da avaliação dos sintomas e análise laboratorial para identificar o tipo de microrganismo que está causando os sintomas, descartando outras possíveis causas. “Apesar de ser facilmente reconhecida por muitas mulheres através dos sintomas, a candidíase não pode ser tratada em casa ou com automedicação, pois o tratamento inadequado pode levar a outros problemas, como a candidíase recorrente, quando há quatro ou mais episódios por ano, e é muito mais difícil de tratar”, alerta Alexandre. “É muito importante entender o que pode ter levado à diminuição da imunidade para atuar de forma integrada à rotina e hábitos da paciente”.