Brasil distribui PrEP no SUS. Na Suíça, mais de 90% das pessoas com HIV estão indetectáveis
Na tarde desta segunda-feira (28), o Brasil volta a campo para a segunda rodada da Copa do Mundo do Catar. Às 13h, os comandados de Tite terão a Suíça pela frente, no estádio 974, em Doha, no Catar.
Depois de vencer e jogar muito bem na estreia na Copa do Mundo do Catar, o Brasil busca encaminhar a vaga para as oitavas de final. A seleção brasileira vai para campo com duas dúvidas. Apesar de Tite ter confirmado em coletiva que a equipe está definida, o treinador ainda não oficializou quem serão os substitutos de Neymar e Danilo, que estão fora da primeira fase do mundial do Catar por lesões no tornozelo.
Já a Suíça, que foi a adversária do Brasil na primeira rodada da Copa do Mundo de 2018, também vem de vitória na estreia. Com gol de Embolo, a seleção europeia abriu sua participação na Copa do Mundo com os três pontos e a equipe busca mais um triunfo para encaminhar a vaga nas oitavas de final.
Confira como os dois países lutam contra a aids:
Brasil
Assim como muitos outros países da América Latina e do Caribe, a epidemia de HIV/aids no Brasil está concentrada na população de homens que fazem sexo com homens (HSH), com uma prevalência de 18,3%. Em mulheres trans o índice chega a 30%. Ainda segundo o Unaids, na população geral, a prevalência é de 0,6%.
Hoje, cerca de 960 mil pessoas estão vivendo com HIV/aids, sendo que quase 700 mil estão em tratamento. Apenas em 2021, 45 mil novos pacientes iniciaram a chamada terapia antirretroviral. De acordo com o Ministério da Saúde, os números representam a cobertura de 81% das pessoas diagnosticadas com HIV no país. Do total de pacientes em tratamento, 95% já não transmitem o vírus por via sexual por terem atingido carga viral suprimida.
No país, a cada hora, ao menos cinco pessoas foram infectadas pelo HIV em 2021. Segundo estimativa da ONU, ao longo do ano passado o Brasil teve 50 mil novos casos.
Entre 2010 e 2020, enquanto a proporção de casos de aids entre pessoas brancas no Brasil caiu 9,8%, entre pessoas negras houve aumento de 12,9%, segundo dados do Ministério da Saúde. Entre as mortes por aids, o período registra o mesmo movimento em direções opostas: queda de 10% entre pessoas brancas e crescimento de 10% entre pessoas negras.
Ainda segundo o Boletim Epidemiológico, a taxa de mortalidade por aids também apresentou queda de 17,1% nos últimos cinco anos. Em 2015, foram registrados 12.667 óbitos pela doença e em 2021 foram cerca de 13 mil mortes.
Na avaliação do Ministério da Saúde, ações como a testagem para a doença e o início imediato do tratamento, em caso de diagnóstico positivo, são fundamentais para a redução do número de casos e óbitos por aids. Por aqui, há no SUS a chamada prevenção combinada, que inclui a PEP, a PrEP, preservativos, gel lubrificante, vacinação, testagem, entre outros.
Durante a fase mais aguda da pandemia de Covid-19, o governo brasileiro disponibilizou um quantitativo de medicamentos para o tratamento de HIV/aids suficiente para três meses. Anteriormente, a distribuição era mensal.
Suíça
O número de infecções pelo HIV diminuíram na Suíça em 2021. Já são cinco anos consecutivos de redução. O Departamento Federal de Saúde Pública (FOPH) registrou 318 novos casos de HIV/aids no ano passado. Ao todo, há cerca de 17 mil suecos vivendo com HIV no país, 16 mil são adeptos à terapia antirretroviral.
O sistema de saúde na Suíça é extremamente bem organizado e efetivo. Toda a população é contemplada, de forma obrigatória, pelo seguro doença e de acidentes, tem atendimento clínico à disposição, além de assistência médica e serviços de farmácia.
Um fato importante é que, o país foi o primeiro no mundo a bater a meta 90-90-90 proposta pela Unaids, programa da ONU (Organização das Nações Unidas). Ela foi alcançada em outubro de 2016.
Essa ambiciosa meta visava desafiar os países a levar testagem e tratamento em massa do HIV até o final de 2020, assim como transformar o máximo de pessoas soropositivas indetectáveis para o vírus.
Da Agência de Notícias da Aids