Janeiro é marcado pelo Mês da Visibilidade Trans, um período dedicado à reflexão e à luta por respeito, direitos e dignidade para pessoas transgênerx e travestis. Neste contexto, o Ambulatório Trans, vinculado à Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, preparou uma programação especial para atender às necessidades dessa população e fomentar a conscientização na sociedade.
O Dia da Visibilidade Trans, celebrado em 29 de janeiro, será o ponto alto de uma série de atividades que ocorrerão entre os dias 8 e 29. O cronograma inclui rodas de conversa e oficinas artísticas realizadas nas quartas-feiras, sempre das 14h às 17h, nas salas de espera e de grupos do serviço, localizado no Centro de Saúde Santa Marta (rua Capitão Montanha, 27, 1º andar – Centro Histórico). O ambulatório funciona de segunda a sexta-feira, das 13h às 19h.
Lucia Helena Donini Souto, enfermeira e coordenadora do serviço, ressalta a importância de promover a inclusão e o respeito às pessoas trans. “Temos marcos significativos de violência contra a população trans e precisamos reduzir esses números. Entendemos que este mês é um momento crucial para dar ênfase a essas questões”, afirma. Lucia também destaca que os encontros abordarão temas como educação, trabalho, saúde, arte e direitos, buscando esclarecer dúvidas e aproximar a equipe de profissionais dos usuários.
Programação
8 de janeiro: Roda de conversa sobre Trabalho e Empregabilidade, em parceria com o Cerest e o Sine Municipal;
15 de janeiro: Educação Popular, com apoio do TransEnem e da Smed;
22 de janeiro: Oficina de Stencil, com foco na expressão artística;
29 de janeiro: Roda de conversa com a ONG Igualdade RS e a Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância (DCPI).
A visibilidade trans é fundamental para combater o preconceito e as violências que afetam a população trans e travesti. Dados apontam que o Brasil lidera os índices de violência contra pessoas trans no mundo. Por isso, iniciativas como as do Ambulatório Trans são essenciais para promover direitos humanos, acesso à saúde e espaços de acolhimento.
O ambulatório oferece atendimentos médicos, consultas, exames, orientações nutricionais, hormonização, grupos de convivência e encaminhamentos. Além disso, a equipe multidisciplinar é composta por médicas, enfermeiras, técnicos de enfermagem, assistente social, psiquiatra e psicólogos, garantindo um atendimento humanizado e inclusivo.