Agência Aids lança nesta quinta-feira (21) podcast sobre HIV e direitos humanos
Com a proposta de trazer quinzenalmente conversas bem informadas e descontraídas, analisando os assuntos mais importantes sobre HIV/aids e direitos humanos, a Agência Aids lança nesta quinta-feira (21) o podcast “PodH”. Conduzido pela jornalista e mestre em Comunicação Filomena Salemme, o programa contará em cada edição com um convidado diferente e relevante para o debate. “O podcast tem tido muita ascensão nos últimos anos, desde 2018 é a mídia que mais cresce porque permite o download e você pode ouvir fazendo outras atividades’’, explicou Filomena, completando que essa iniciativa chega como uma nova forma de informação contra a aids. “O material será entregue na forma de áudio, muito semelhante a um rádio. A diferença é que fica disponível para que o consumidor escute quando quiser porque é um conteúdo atemporal.”
O “PodH” será publicado às quintas-feiras nas principais plataformas de podcast, como o Spotify. Nesta edição de estreia, o programa vai trazer uma linha do tempo da luta contra aids e a história do jovem Welton Gabriel, que vive com HIV/aids e se dedica ao acolhimento de outros jovens recém-diagnosticados.
A diretora da Agência Aids, a jornalista Roseli Tardelli, explicou que o objetivo deste projeto é trazer pluralidade de ideias. “Apesar de a temática HIV/aids estar entre nós há quatro décadas, os estigmas e a desinformação ainda são grandes. Eu quero que venham outros olhares para falar do tema que nos une, é uma contribuição bastante significativa. É importante a gente ampliar esse olhar, temos que reinventar a roda, não podemos continuar falando apenas de nós para nós mesmos. Estamos no século 21 e o que perpassa a questão desses 40 anos de HIV/aids, infelizmente, ainda é a desinformação e o preconceito. A gente está aqui justamente para romper isso.”
No “PodH”, Roseli e Filomena reeditarão uma parceria de sucesso em programas de rádio ao longo de suas carreiras. As duas trabalharam juntas na Rádio Eldorado e agora vão se dedicar na criação de conteúdos acessíveis em diferentes plataformas, que dialogue com públicos diversos e com formas variadas de consumo da informação. O PodH não será um simples bate-papo, o programa está dividido entre informação, storytelling, entrevistas com especialistas e uma coluna de curiosidades sobre o assunto tratado. O projeto também quer aproximar os ouvintes e estará aberto as opiniões do público com perguntas e sugestões.
Cada edição do podcast terá entre 40 minutos e uma hora. Assim, os principais assuntos serão aprofundados sem que se perca a fluidez e a liberdade do bate-papo com o convidado.

Trajetória no rádio
Filomena Salemme é jornalista, radialista e professora universitária brasileira. Atualmente, é professora no curso de Jornalismo na Universidade Metodista de São Paulo. Formou-se em Jornalismo na Universidade Metodista, em 1991, e tornou-se mestra em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero, em 2016.
Trabalhou na rádio Diário do Grande ABC, que pertencia ao grupo do jornal de mesmo nome, nas rádios Excelsior, CBN e Eldorado (agora, Rádio Estadão), do Grupo Estado. Foi, aliás, editora-chefe de jornalismo da rádio Estadão ESPN. Em sua dissertação de mestrado, intitulada “Transformações na escuta radiofônica: o protagonismo dos ouvintes na geração de conteúdo” (2016), descreveu sua paixão pelo jornalismo radiofônico.
Já recebeu os prêmios Ayrton Senna, em 2001, com a reportagem “Adultos precoces”; Imprensa Embratel, com a reportagem “Um retrato da fome”; Em 2003, recebeu das mãos de Gabriel García Márquez, na Fundación Nuevo Periodismo Iberoamericano, o prêmio pela reportagem “Um retrato da fome”.
Considerado um dos maiores escritores da América Latina, o colombiano Gabriel García Márquez, carinhosamente chamado de “Gabo”, é um dos maiores nomes do gênero “realismo mágico”. Nascido em Aracataca no dia 6 de março de 1927, García Márquez tem como obra-prima o romance Cem Anos de Solidão. Mas escreveu também obras de não ficção, como Notícias de Um Sequestro e Relato de Um Náufrago, e outro romances famosos como O Amor nos Tempos de Cólera e Memórias de Minhas Putas Tristes.
Além de escritor, García Márquez teve uma relevante carreira no jornalismo e no ativismo de esquerda, sendo amigo íntimo de Fidel Castro. Foi o terceiro escritor latino-americano a conquistar o Prêmio Nobel de Literatura, em 1982, e morreu aos 87 anos na Cidade do México, em 17 de abril de 2014, vítima de câncer linfático.
A Fundación Nuevo Periodismo Iberoamericano é um centro internacional dedicado à formação e desenvolvimento profissional de jovens jornalistas. Foi fundada em 1995 com a liderança do Prêmio Nobel de Literatura Gabriel Garcia Marquez. Os fundadores queriam usar oficinas práticas, seminários e prêmios para melhorar a prática jornalística e como uma contribuição significativa para a democracia e para o desenvolvimento econômico e social da região.