A adolescente canadense Phoebe Cesinaro, de 16 anos, realizou seu sonho ao superar o bullying e se tornar a primeira líder de torcida transgênero de sua escola. Depois de dois anos de transição e duas tentativas, a jovem entrou para o time principal da escola e hoje conta que já começou a ser aceita pelos coelgas da Eastwood Collegiate Institute, da cidade de Kitchener, em Ontario. As informações são do Mirror.
Mas a trajetória de Phoebe não foi nada fácil. Há apenas dois anos, a adolescente ainda não tinha assumido a identidade feminina e se apresentava por seu nome de nascimento, Christian. Desde que começou a transição, ela enfrentou intimidação e isolamento. Mas, em vez de se esconder, ela decidiu continuar com o processo de readequação de gênero. Phoebe conta que o esporte a ajudou a lidar com o bullying e aumentou sua autoconfiança ao longo do processo de transição.
— Eu costumava odiar estar na frente de multidões, mas ser líder de torcida aumenta a minha confiança e me ajudou a lidar com a raiva —, conta Phoebe, que teve que se empenhar para entrar para a equipe. — Eu tentei entrar no time por dois anos, mas simplesmente não era boa o suficiente. Então, durante as férias de verão, eu adquiri confiança, que era o que me faltava para entrar na equipe.
Ainda assim, a adolescente conta que foi difícil se ver diante de toda a escola e que a aceitação não foi imediata. Apesar de estar dentro da equipe, ela não se sentia realmente incluída e chegou a ouvir e ler provocações de pessoas que insistiam em se referir a ela no gênero masculino até nas redes sociais.
— Todo mundo sabia que eu era transexual e as outras meninas têm o visual muito feminino. Mas eu tentei manter a cabeça erguida para seguir com a minha transição, apesar de muitas vezes estar destroçada —, desabafou.
Aos poucos, Phoebe foi acolhida pela equipe de esportes da escola, que tem se mostrado uma grande família.
Apesar de sempre ter se reconhecido como gay, Phoebe só se percebeu transexual há pouco mais de dois anos, depois de conversar com uma mulher trans. Em 2013, ela iniciou a terapia hormonal e, em março do ano passado, teve o nome e a designação sexual alterada em sua certidão de nascimento, pouco antes do aniversário de 16 anos.
Jennifer Shaw, mãe da adolescente, conta que sempre percebeu que a filha era homossexual. Quando Phoebe se declarou trans, ela temeu pelo que aconteceria, mas apoiou totalmente a decisão da filha.
— Eu sempre vou amar e apoiar a minha filha. Estou muito orgulhosa por ela ter se assumido e ter tido força para ser quem realmente é.
Do Extra