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Após polêmica da Parada Gay, “Cristofobia” poderá ser crime hediondo

Genilson Coutinho,
10/06/2015 | 09h06

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A polêmica gerada pela “crucificação” de uma modelo transexual durante a Parada Gay de São Paulo já chegou na Câmara Federal. Foi pelas mãos do deputado evangélico Rogério Rosso (DF), líder do PSD na casa, que veio um projeto de lei para transformar a prática de “ultraje ao culto” em crime hediondo.

O projeto foi apresentado já nesta segunda-feira (8) e caracteriza a utilização de símbolos religiosos por grupos LGBTs como “Cristofobia”. O objetivo é aumentar a pena de “ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo”, que hoje é de um mês a um ano de detenção, para quatro a oito anos de prisão, além de multa. A classificação do crime como hediondo também impede a liberação mediante pagamento de fiança.

Confira o que diz um trecho do projeto de lei: “A intenção desse projeto de lei é proteger a crença e objetos de culto religiosos dos cidadãos brasileiros, pois o que vem ocorrendo nos últimos anos em manifestações, principalmente LGBTs, é o que podemos chamar de “Cristofobia”, com a prática de atos obscenos e degradantes que externam preconceito contra os católicos e evangélicos”.

Para tornar-se lei o projeto, que ainda não tem previsão de tramitação, precisará ser aprovado na Câmara, em seguida no Senado, e por fim receber sanção da presidente Dilma Rousseff.