Pandemia é cenário de filme queer ganhador do XVIII Panorama Coisa de Cinema
“Três Tigres Tristes”, de Gustavo Vinagre, foi o longa-metragem premiado na Competitiva Nacional do XVIII Panorama Internacional Coisa de Cinema, que anunciou os filmes vencedores na noite de ontem (09/11), no Cine Metha-Glauber Rocha. A obra ficcional teve suas gravações suspensas por conta da pandemia de covid-19 e, quase um ano depois, acabou trazendo o cenário pandêmico para o seu roteiro.
A trama em torno de três jovens queer vagando por uma São Paulo “sangrando pela pandemia e pelo capitalismo desenfreado” também foi contemplada com o prêmio Amaav (Associação de Maquiadores e Assistentes de Audiovisual), pelo trabalho de caracterização assinado por Ebony, e recebeu menção honrosa do Júri APC (Associação de Produtores e Cineastas).
Na Competitiva Baiana, “Alan”, dos irmãos Daniel e Diego Lisboa, foi o longa premiado pelos júris Oficial e Jovem. “Garotos Ingleses”, de Marcus Curvelo, foi o curta-metragem baiano escolhido pelo Júri Oficial, enquanto o júri formado por participantes da Oficina de Crítica contemplou “Procura-se bixas pretas”, de Vinicius Eliziário.
Integrante da Competitiva Nacional, “Mato Seco em Chamas”, Adirley Queirós e Joana Pimenta, foi o melhor longa para os júris Jovem, APC e Cachoeira. Além disso, o trabalho de direção de arte assinado por Denise Vieira no longa-metragem foi contemplado pelo Júri Brada.
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Os escolhidos pelo Júri Oficial nas competitivas Baiana e Nacional receberão prêmios em serviços da Edina Fujii-Ciario, Mistika, Griot, Quanta Bahia e Marcelo Benedicts.
Uma realização da produtora Coisa de Cinema, o Panorama aconteceu entre os dias 3 e 9, em Salvador e Cachoeira. O festival teve apoio financeiro do Instituto Flávia Abubakir e do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.
Confira todos os filmes premiados:
JÚRI OFICIAL
Competitiva Nacional
- Melhor Longa: Três Tigres Tristes, de Gustavo Vinagre (prêmio de R$16 mil em serviços concedido pela Edina Fujii-Ciario)
- Menção Honrosa: Mugunzá, de Ary Rosa e Glenda Nicácio
- Melhor Curta: Big Bang, de Carlos Segundo (prêmio de R$8 mil em serviços concedido pela Udina Fujii-Ciario)
- Menção Honrosa: Quebra Panela, de Rafael Anaroli
Competitiva Baiana
- Melhor Longa: Alan, de Daniel Lisboa e Diego Lisboa (prêmios em serviços concedidos pela Edina Fujii-Ciario, Mistika e Griot)
- Menção Honrosa: Alice dos Anjos, de Daniel Leite Almeida
- Melhor Curta: Garotos Ingleses, de Marcus Curvelo (prêmios em serviços concedidos pela Quanta Bahia, Griot e Marcelo Benedictis)
- Prêmio Especial: Eu, Negra, de Juh Almeida
- Menção Honrosa: Contragolpe, de Victor Uchôa
Competitiva Internacional
- Melhor Longa: Carrero, de Germán Basso e Fiona Lena Brown (Argentina)
- Menção Honrosa: A Visita e um Jardim Secreto, de Irene M. Borrego (Espanha/Portugal)
- Melhor Curta: Tsutsué, de Amartei Armar (França/Gana)
JÚRI JOVEM
Competitiva Nacional
- Melhor Longa: Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta
- Melhor Curta: Quebra Panela, de Rafael Anaroli
Competitiva Baiana
- Melhor Longa: Alan, de Daniel Lisboa e Diego Lisboa
- Melhor Curta: Procura-se bixas pretas, de Vinicius Eliziário
JÚRI CACHOEIRA
Competitiva Nacional
- Melhor Longa: Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta
- Prêmio Especial: Mugunzá, de Ary Rosa e Glenda Nicácio
- Menção Honrosa: Regra 34, de Júlia Murat
- Melhor Curta: Quebra Panela, de Rafael Anaroli
- Prêmio Especial: A morte de Lázaro, de Bertô
- Menção Honrosa: Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli
JÚRI INDIE LISBOA (os escolhidos serão exibidos no festival em 2023)
- Longa: Maputo Nakuzandza, de Ariadine Zampaulo
- Curta: SOLMATALUA, de Rodrigo Ribeiro-Andrade
JÚRI APC
Competitiva Nacional
- Melhor Longa: Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta
- Prêmio Especial: Regra 34, de Júlia Murat
- Menção Honrosa: Três Tigres Tristes, de Gustavo Vinagre
- Melhor Curta: Big Bang, de Carlos Segundo
- Menção Honrosa: Não vim no mundo para ser pedra, de Fábio Rodrigues Filho
Competitiva Baiana
- Melhor Longa: Saberes Quilombolas, de Plínio Gomes e Bruno Saphira
- Prêmio Especial: Alice dos Anjos, de Daniel Leite Almeida
- Melhor Curta: Quando a Pátria Bate Forte, de Jamille Fortunato
- Prêmio Especial: Tá Fazendo Sabão, de Ianca Oliveira
- Menções Honrosas: Contragolpe, de Victor Uchôa
Mesa Posta, de Thaís Bandeira
JÚRI BRADA DE DIREÇÃO DE ARTE
Competitiva Nacional
- Denise Vieira, por Mato Seco em Chamas (filme de Adirley Queirós e Joana Pimenta)
Competitiva Baiana
- Luciana Buarque, por Alice dos Anjos (filme de Daniel Leite Almeida)
JÚRI AMAAV DE CARACTERIZAÇÃO
- Ebony, por Três Tigres Tristes (filme de Gustavo Vinagre)