Close errado: Prefeitura de Alagoinhas coloca ‘homenagem’ para LGBTQIA+ em latas de lixo
Uma ação da prefeitura de Alagoinhas-BA, que supostamente deveria homenagear a comunidade LGBTIQIA+, se tornou motivo de revolta na cidade.
A ação consistiu na fixação de cartazes pela cidade com a frase “A sua homofobia não me define”. A polêmica surgiu dos locais escolhidos para colar as mensagens: as lixeiras do município.
Fotos da ação chegaram a ser postadas nos canais oficiais da prefeitura, mas foram deletadas após manifestações de desaprovação da comunidade.
A ação consistiu na fixação de cartazes pela cidade com a frase “A sua homofobia não me define”. A polêmica surgiu dos locais escolhidos para colar as mensgens: as lixeiras do município.
Fotos da ação chegaram a ser postadas nos canais oficiais da prefeitura, mas foram deletadas após manifestações de desaprovação da comunidade.
A Associação Regional de Defesa dos Direitos da População LGBTQIA+ de Alagoinhas e região divulgou nota de repúdio à ação. “Precisamos lembrar que para chegar até aqui, muitos de nós foram/somos mortos, queimados, esquartejados e deixados para morrer, conquistar a consolidação da cidadania custa à vida da nossa gente, custa nosso sangue todos os dias. Ainda assim, a Prefeitura, sem qualquer justificativa tem se mantido distante, não tem ouvido as nossas reivindicações. Precisamos de escuta prática, escuta que gere ações que garantam uma sociedade igualitária e isonômica. Fala-se de autonomia do povo LGBTQIA+, mas quais ações foram feitas para empregar mulheres trans? NENHUMA. A maioria só tem a prostituição como emprego fim e permanece lá, vivendo a margem”, diz um trecho da nota que é a assinada pela diretoria da Lida Alagoinhas, Aramari, Acajutiba e Cardeal da Silva.
“Estou profundamente consternada com a falta de sensibilidade da prefeitura na suposta homenagem oferecida neste mês da luta contra LGBTfobia, onde simbolicamente nossos nomes e de nossas famílias foram postos no lixo. É dessa forma que a prefeitura pretende dar sua colaboração a uma luta tão importante onde inúmeras vidas foram e continuam sendo interrompidas durante o processo? Esperamos uma retratação da prefeitura sobre o ocorrido. Esperamos que ainda possamos constituir o projeto de uma cidade referência nos direitos da população LGBTQIAP+. Estamos abertos ao diálogo como sempre estivemos. Falta coragem de tornar realidade o que até agora só vemos nos cards”, escreveu a ativista pelos direitos LGBTQIA+ Samara Braga, nas redes sociais da prefeitura.