Exposição Orixás da Bahia e Fonte de Oxum
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2018/7/v/FInS1FRIG2s2HiYGmilQ/foto-tonnybittencourt.jpg)
Fonte de Oxum será inaugurada no dia 21 de janeiro (Foto: Tonny Bittencourt/Divulgação)
Dia 21, às 18h, celebrando o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, acontece a abertura da exposição Orixás da Bahia e areinauguração da Fonte de Oxum, no Espaço Cultural da Barroquinha, equipamento gerido pela Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura de Salvador.
Orixás da Bahia é uma exposição com 16 estátuas em tamanho natural de divindades africanas, esculpidas em papel marchê pelo artista plástico Alecy Azevedo (in memorian). As obras integram o acervo do Museu da Cidade e ficarão expostas na Galeria Juarez Paraíso, Espaço Cultural da Barroquinha. A curadoria tem assinatura do artista visual, cenógrafo, aderecista e figurinista, Maurício Martins, com consultoria religiosa de membros do Terreiro do Gantois, cuja Iyalorixá Mãe Menininha (in memoriam) foi responsável por vestir os 16 orixás, na década de 1980. O cenário projetado visa promover um diálogo entre elementos da ancestralidade e da contemporaneidade. Para recuperar as roupas (figurinos) e os adereços que vestem as esculturas de Alecy, Martins conta com a coordenação de Jane Palma e das costureiras Joselita França, Alzedite Santos, Clara Guedes e Regina Celia Santos.
A Fonte de Oxum foi totalmente reformada e para isso, a Fundação Gregório de Mattos contratou o Studio Argolo que desenvolveu um projeto de restauro completo no espaço onde está localizada, na área externa do Espaço Cultural da Barroquinha, e contou com o amparo espiritual de Doté Amilton, sacerdote do Terreiro Kwe Vodun Zo.
Para Chicco Assis, Gerente dos Espaços Culturais da FGM, Prefeitura de Salvador, “são muitos os relatos que apontam a importância da Barroquinha para as religiões de matriz africana em Salvador, especialmente para os terreiros da nação Ketu. A recuperação da exposição Orixás da Bahia e a reativação de uma fonte dedicada à orixá Oxum, é um momento de celebrarmos a memória deste espaço sagrado, seja para a religiosidade afrodiaspórica, seja para as culturas afrodescendente de Salvador, a Roma Negra”. Sobre a escolha do dia 21 de Janeiro para a abertura da exposição, Assis comenta que “há 10 anos, em respeito à memória de Mãe Gilda, vitimada pelo racismo religioso ainda insiste em atacar as casas de axé e os seus adeptos, o 21 de Janeiro se tornou um marco nacional de combate à intolerância religiosa. Acreditamos na cultura, enquanto elemento de transformação humana e, portanto, um dos caminhos para alcançarmos a reparação e a equidade social para as comunidades negras”.
A exposição Orixás da Bahia e a Fonte de Oxum ficam abertas à visitação gratuita, sempre de Quarta a Domingo, das 14 às 19h.
SERVIÇO
O quê: Abertura da exposição Orixás da Bahia e reinauguração da Fonte de Oxum
Quando: 21.01, às 18h
Onde: Espaço Cultural da Barroquinha
Evento aberto ao público