Chama as manas, monas, minas e manos! Depois de anunciar sua primeira edição e convocar realizadores de todo o país para inscrevem suas obras audiovisuais, o 1º Pajubá – Festival de Cinema LGBTI+ do Rio de Janeiro anunciou, na última segunda-feira, 08 de março, o início de sua programação oficial completa. E até este domingo, dia 14, o evento, que será transmitido pela internet gratuitamente e para todes, oferecendo uma série de atividades aos espectadores interessados em cultura e diversidade sexual, tão pulsante e rica, mas ainda pouco incentivada e levada ao grande público. Diariamente, o festival vem exibindo 35 filmes diversos em estética, enredo e linguagem, 30 deles selecionados pela curadoria dentre mais de 272 inscrições. O Pajubá também oferece debates com os realizadores, seminários e masterclasses com temáticas como roteiro, criação de coletivos e políticas de visibilidade. A completa segue abaixo e em www.pajubafestival.com.br, de onde são exibidos os curtas.
Os curtas foram divididos em quatro mostras, sendo três delas competitivas, que são: Mostra Brasil Ficção, Mostra Brasil Documentário e Mostra Regional Fluminense, que promove exclusivamente criadores do estado do Rio de Janeiro. Durante uma semana, público e um júri técnico votaram em seus curtas favoritos e ajudarão a eleger os premiados deste ano em categorias como melhor filme, atuação e prêmio especial. Além dos troféus, os premiados ainda receberão os filmes em formato de acessibilidade.
Também há a exibição de cinco curtas sobre importantes personalidades que usam sua arte, corpos e lideranças para promover a igualdade de direitos para a comunidade. Na Mostra Paralela Atraque estão os filmes “Majur” (2018), “Tailor” (2017), “Lua” (2017), “Ingrid” (2016) e “Diário de Márcia” (2011).
A cerimônia de encerramento, comandada pelas drag queens Palloma Maremoto e Maybe Love, gravada seguindo todos os protocolos sanitários exigidos, transmitida no dia 14 de março, encerra o evento e revelando os filmes vencedores em seis categorias de premiação. Na semana seguinte, os curtas adaptados para acessibilidade também serão exibidos através do site oficial.
Ao longo de todo o período de inscrição, seleção e realização do evento, as redes sociais do festival divulgam informações oficiais. Criado, planejado e executado por um time de 30 profissionais de minorias sociais, o 1º Pajubá – Festival de Cinema LGBTI+ do Rio de Janeiro é apresentado pelo Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, Prefeitura do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura, através da Lei Aldir Blanc. O evento é uma realização da Cinetrupe Produções em parceria com a Um Silva Cultura e Conteúdo.
Serviço
1º Pajubá – Festival de Cinema LGBTI+ do Rio de Janeiro
De 08 a 14 de março, através do www.pajubafestival.com.br.
Grátis e online
Canais oficiais:
Filmes selecionados:
MOSTRA COMPETITIVA BRASIL FICÇÃO:
-Abjetas 288 (Júlia da Costa e Renata Mourão, SE, 2020)
-Aonde Vão Os Pés (Débora Zanatta, PR, 2020)
-Cuscuz Peitinho (Rodrigo Sena e Julio Castro, RN, 2018)
-Ela que Mora no Andar de Cima (Amarildo Martins, PR, 2020)
-Meninos Rimam (Lucas Nunes, SP, 2019)
-Não Me Chame Assim (Diego Migliorini, SP, 2019)
-Os Últimos Românticos do Mundo (Henrique Arruda, PE, 2020)
-Papinha de Goiaba (Tiago Fonseca, RJ, 2019)
-Perifericu (Nay Mendl, Rosa Caldeira, Stheffany Fernanda e Vita Pereira, SP, 2019)
-Reforma (Fábio Leal, PE, 2018)
MOSTRA COMPETITIVA BRASIL DOCUMENTÁRIO:
-À Beira do Planeta Mainha Soprou A Gente (Bruna Barros e Bruna Castro, BA, 2020)
-Bhoreal (Bernardo de Assis, SP, 2020)
-Cinema Contemporâneo (Felipe André Silva, PE, 2019)
-Dominique (Tatiana Issa e Guto Barra, PA, 2019)
-Essa Festa É A Minha Vida (Ulisses Arthur, BA, 2020)
-Estação Aquarius (Fernando Brandão, Flávia Correia, Jairis Meldrado, Levy Paz, Rayane Góes e Ticiane Simões, AL, 2019)
-Hoje Eu Não Fico No Vestiário (Nicole Lopes, PR, 2019)
-Megg- A Margem Que Migra Para O Centro (Larissa Nepomuceno e Edurado Sanches, PR, 2018)
-O Que Pode Um Corpo (Victor Di Marco e Márcio Picoli, RS, 2020)
-Sangro (Tiago Minamisawa, Bruno H Castro, Guto BR, SP, 2019)
MOSTRA COMPETITIVA REGIONAL FLUMINENSE:
-Adeus Estrada de Tijolos Amarelos (Hiran Matheus, RJ, 2018)
-A Neta de Cibele (Nicole Terra Carvalho, RJ, 2020)
-As Canções de Amor De Uma Bixa Velha (André Sandino Costa, RJ, 2020)
-Copacabana Madureira (Leonardo Martinelli, RJ, 2020)
-Dias (Paulo César, RJ, 2020)
-Educação Travesty (Anarca Filmes, RJ, 2018)
-Escritas ao Entorno da Carne (Sumé Aguiar, RJ, 2020)
-L.G.BAIXADA.T (Artur Fortes, RJ, 2019)
-MC Jess (Carla Villa-Lobos, RJ, 2018)
-Para Todes (Samara Garcia, Victor Hugo e equipe, RJ, 2020)
MOSTRA PARALELA ATRAQUE:
-Majur ( Íris [Rafael Irineu], MT, 2018)
-Tailor (Calí dos Anjos, RJ, 2017)
-Lua (Rosa Miranda, RJ, 2017)
-Ingrid (Maick Hannder, MG, 2016)
-Diário de Márcia (Bertrand Lira, PB, 2011)
PROGRAMAÇÃO COMPLETA:
SEXTA, 12 DE MARÇO
19:00 – MASTERCLASS 1: COLETIVO (Live YouTube)
SÁBADO, 13 DE MARÇO
19:00 – MASTERCLASS 2: ROTEIRO (Live YouTube)
DOMINGO, 14 DE MARÇO
19h – CERIMÔNIA DE ENCERRAMENTO
MASTERCLASSES:
MASTERCLASS DE COLETIVOS COMO FORMA DE PRODUÇÃO
com Ralph Duccini
Coletivos como forma de produção” tem como objetivo se aprofundar nas possibilidades de produção independentes em forma de estado cooperativo. Se estabelecendo como maneira de resistir através da produção cultural LGBTQI+, a masterclass observará as formas de organização coletivas e os frutos dessas articulações através dos casos do Uivo Coletivo Teatro e Terrorismo Poético e da Coletiva Transpoetas.
MASTERCLASS DE ROTEIRO
com Fidelys Fraga
Como se dá a relação entre a construção de um personagem e o lugar de fala do roteirista? Roteiros com protagonista ou temática LGBTQI+ são sempre atravessados por conflitos sociais e preconceitos? Quais as fronteiras entre temática LGBTQI+ e filmes panfletários? Como trabalhar isso na escrita do roteiro?
O que são personagens bi e tridimensionais? Qual a relação entre estrutura e protagonista? Existe “filme de personagem” e “filme de trama”? Como se dá a verossimilhança na construção da personagem e o intercâmbio entre diegese e realidade?
A masterclass com o roteirista e dramaturgo Fidelys Fraga investiga as bases da narrativa do filme “Sócrates” e analisa o arco de seu protagonista. A partir da decupagem dos atos e sequências do roteiro, vamos levantar reflexões sobre narrativas hegemônicas e estruturas clássicas, e discutiremos como se apresenta a trajetória do herói vivenciada por Sócrates, um protagonista homossexual.